O Programa de Coformação de Jornalistas-Floresta Micélio-Sumaúma é uma iniciativa que traz para o jornalismo o foco na relação – o movimento da floresta, o movimento da natureza. No total, 14 pessoas do Médio Xingu (quatro indígenas, três Beiradeiros, uma Quilombola, uma camponesa, uma pescadora, uma enfermeira de saúde indígena e jovens de coletivos urbanos de Altamira) participam de encontros na Floresta e na cidade.
Na reportagem “Onde não tem voto não tem escola“, a jornalista-floresta Patrícia Lima, ribeirinha da Reserva Extrativista do Rio Xingu e mãe de cinco filhos, conta sobre a precária situação das escolas nas Resex da Amazônia. O trabalho contou com a coordenação de reportagem de Malu Delgado, editora de Sumaúma.
“Por mais de 20 anos as comunidades Beiradeiras e os moradores de Reservas Extrativistas da Amazônia brasileira têm lutado pelo direito a uma educação digna e de qualidade, mas pouco são ouvidos pelos políticos e órgãos públicos”, revela a reportagem.
A reportagem do Micélio-Sumaúma ouviu por cinco meses alunos, familiares, professores da Resex Rio Xingu e especialistas em educação sobre a falta de políticas públicas para que exista um ensino diferenciado e de qualidade dentro das comuidades tradicionais. A redalidade no Xingu se repete em outras reservas extrativistas da Terra do Meio.
Leia a reportagem na íntegra AQUI.
Três dias após a publicação da reportagem, surge uma ótima notícia. Chegou à comunidade material de construção para construir uma nova escola. “Chegou material suficiente para a construção de uma escola com duas salas, e de alvenaria, como era nosso sonho”, diz a jornalista-floresta, Parícia Lima. Anteriormente, a escola da Resex era provisória, construída com palha e madeira. Agora, a futura escola será de alveraria.