Nos últimos anos, os índices de desmatamento na Amazônia têm registrado um novo e alarmante patamar de desmatamento.
De acordo com o levantamento do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), o desmatamento de florestas na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar nos últimos três anos. A perda de floresta entre 2019 e 2021 ultrapassou os 10 mil km² ao ano, número 57% maior que a média anual do período anterior, de 2016 a 2018.
Os aumentos consecutivos registrados desde 2018 parecem determinar uma nova dinâmica de desmatamento na Amazônia, por meio do enfraquecimento de órgãos de fiscalização e também pela falta de punição a crimes ambientais.
Somente no ano de 2021, segundo levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), foram perdidos 8.051 km² de área verde florestas, o maior valor da última década.
Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), disponibilizados em 2021, no governo Lula, entre os anos de 2003 a 2010, a taxa de desmatamento na Amazônia Legal caiu 72%. Em comparação, no governo Bolsonaro, de 2019 a 2021, o desmatamento teve um aumento de 29%.
Em 2019, a Amazônia Legal somava mais de 10 mil km² desmatados. Em 2021, o número saltou para mais 13 mil km². Um aumento de 29% em relação aos números anteriores ao mandato de Bolsonaro.
Diante de índices alarmantes de desmatamento da Amazônia Legal, é importante pensar caminhos possíveis para mitigar o problema a partir da responsabilidade de atuação dos governos federais, estaduais e municipais. Reforçamos também a necessidade de garantir a segurança territorial em áreas protegidas de povos e comunidades tradicionais, com apoio a economias de base florestal.
“A Amazônia não aguenta mais um mandato presidencial sem políticas de proteção ao meio ambiente, ações eficazes de controle do desmatamento e respeito à legislação ambiental”, declara Júlio Barbosa, presidente do CNS.
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