Por Jornal Varadouro, dos varadouros de Rio Branco
A Polícia Federal prendeu em flagrante delito, na última sexta-feira, 20 de setembro, um homem suspeito de atear fogo de forma criminosa em áreas de floresta da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em seus limites dentro de Rio Branco. A ação é resultado da Operação Fire, desencadeada desde a segunda-feira da semana passada. O foco da operação são as regiões mais críticas do Acre e do sul do Amazonas em registro de queimadas e incêndios florestais. Entre elas estão áreas nos municípios de Porto Acre e Boca do Acre (AM).
Além do fogo, a operação, coordenada pela Delegacia de Meio Ambiente (DMA) da Superintendência Regional do Acre, foca ações de combate ao desmatamento e incêndios criminosos na região amazônica.
A Polícia Federal, a partir de atuação conjunta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), prendeu em flagrante o homem que se encontrava utilizando fogo de forma ilegal no interior da Resex Chico Mendes. “A prisão reflete o sucesso da integração entre as instituições de proteção ambiental e segurança pública na preservação das áreas de conservação e na defesa do patrimônio ambiental brasileiro”, diz nota emitida pela corporação.
Na semana passada, boletim de alerta emitido pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (Labgama), da Ufac, já identificava pontos de incêndios florestais dentro da unidade de conservação federal em Rio Branco. Outros pontos também estão apontados na região de Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia. A prisão do homem pode atestar uma ação orquestrada e criminosa para se colocar fogo na floresta.
Ressalte-se que como parte do planejamento estratégico coordenado pela Polícia Federal do Acre, que conta com a participação do ICMBio, Ibama e Força Nacional, foi estruturada uma base temporária no município de Boca do Acre. Como Varadouro mostrou, o município amazonense apresenta elevado registro de incêndios florestais, cuja área pode chegar a 10 mil hectares.
Esta base tem como objetivo intensificar as operações nos municípios do sul do Amazonas, permitindo a presença constante das equipes e a realização de ações mais rápidas e eficazes na identificação e repressão de crimes ambientais. “A atuação integrada dessas instituições reforça a capacidade operacional e o comprometimento com a proteção da Amazônia, possibilitando uma resposta imediata e eficiente aos crimes que impactam a floresta e suas comunidades.”
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