Na madrugada de hoje (22), o escritório do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), na cidade de Belém, capital do Pará, foi alvo de um atentado criminoso. Homens armados invadiram o local, agrediram e ameaçaram alguns membros, levaram documentos e roubaram dinheiro e equipamentos.
Entre as ameaças, os suspeitos ordenaram que o CNS pare de fazer denúncias em relação a questões de terras e grilagens, além de citarem um possível retorno para executar os próprios membros do Conselho.
A diretoria do CNS informou que não vai se calar e continuará lutando contra as injustiças sofridas nos territórios e contra as populações extrativistas, no Pará e em qualquer outro Estado onde tenha atuação.
As medidas cabíveis já estão sendo tomadas para que os governos municipal, estadual e federal reforcem a segurança e iniciem uma investigação para encontrar os responsáveis por esse crime.
O risco de ameaças envolvendo as lideranças e seus territórios está crescendo, conforme afirma o próprio CNS. Em muitos casos as ameaças se dão em função da falta de regularização fundiária, da fragilidade de gestão, da pressão de setores privados, como madeireiros e garimpeiros, dentro das reservas extrativistas, entre outras questões que acabam expondo as lideranças a situações de vulnerabilidade.
O Instituto de Estudos Amazônicos expressa solidariedade aos companheiros extrativistas e alerta para a necessidade de garantir e reforçar a proteção de lideranças e populações extrativistas que defendem o meio ambiente, direitos humanos e justiça agrária, na Amazônia e em todo o país.
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