Durante cinco dias, jovens e mulheres participaram de oficinas e palestras durante o encontro que aconteceu em Brasiléia. (Foto: Divulgação/Comitê Chico Mendes)

Encontro do Comitê Chico Mendes em Brasiléia reúne 60 jovens e mulheres para debater clima e futuro sustentável

Por Varadouro com informações do Comitê Chico Mendes

Durante cinco dias, o município de Brasíleia, localizado a pouco mais de 230 km de Rio Branco, Capital do Acre, foi a sede do “Encontro com Jovens e Mulheres das nossas Florestas”, promovido pelo Comitê Chico Mendes. Entre os dias 10 e 14 de junho, o evento reuniu 60 participantes de diversos municípios do Acre, incluindo Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Epitaciolândia, Assis Brasil, Capixaba e Xapuri, para debater clima, comunicação e novos rumos para um futuro melhor.

As atividades foram coordenadas por jovens lideranças indígenas, extrativistas, periféricas e LGBTQIAPN+, visando ampliar o diálogo intercultural e fortalecer o ativismo ambiental local. Uma das oficinas destacadas foi a de Comunicação Não Violenta, conduzida por Anaís Cordeiro e Ju Platero da organização Correnteza, que explorou temas como empatia, escuta ativa e expressão respeitosa de sentimentos.

Marta Jane, uma das jovens participantes do projeto, elogiou a experiência. “Foi uma troca de conhecimento muito boa. Eu, pessoalmente, sou uma pessoa muito reservada e eu percebi que eu estava, tipo, muito evoluída. Para falar, quando tinha uma oportunidade de falar, eu já queria falar, então melhorou muito a minha comunicação!”, afirma.

Outra oficina relevante abordou o uso estratégico das redes sociais, ministrada por Samuel Arara, que além de ensinar técnicas básicas de fotografia, incentivou os jovens a utilizarem essas plataformas como ferramenta para a defesa de direitos e promoção de causas sociais. A criatividade e o artivismo também foram temas centrais, discutidos em uma oficina liderada por Henrique de Almeida, Vands, José Lucas, José Vítor e Larissa Mendes. Os participantes exploraram diversas formas de expressão cultural como formas de resistência e conscientização ambiental, recebendo feedback positivo pela amplitude e profundidade dos conceitos abordados.

A última oficina, conduzida por Angélica Mendes e Dande Tavares, abordou questões cruciais sobre a importância das florestas e das comunidades na mitigação das mudanças climáticas. Discutindo promoção da saúde mental, e o fortalecimento do ativismo e das comunidades locais.

O estudante de psicologia da Ufac (Universidade Federal do Acre), Alberto Siqueira, morador do bairro Conquista em Rio Branco, destacou a importância da troca de experiências proporcionada pelo evento e o contato com jovens de contextos não-urbanos. “Para mim, isso foi muito importante porque pude conhecer um pouco do verdadeiro Acre, que está cuidando do que é mais precioso para nós: o meio ambiente”, disse.

Além das atividades educacionais, o evento proporcionou momentos de lazer, cinema e integração entre os participantes, promovendo uma troca rica de experiências e fortalecendo os laços comunitários. O encontro foi organizado com o apoio do Projeto Vozes pela Ação Climática Justa e Aliança das Amazônia, que além de oferecer hospedagem, bolsas e alimentação aos participantes, visa ampliar o impacto das vozes jovens na construção de um futuro sustentável na região amazônica.

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