O Governo Federal anunciou a retomada do programa Bolsa Verde, que visa apoiar comunidades tradicionais da Amazônia e famílias residentes em áreas de Reserva Extrativista.
A iniciativa parte do pressuposto de que as populações tradicionais precisam ser reconhecidas pelos serviços que prestam ao manter a floresta viva, de modo que o auxílio financeiro a elas destinado objetiva incentivar a conservação da floresta e promover a regeneração de áreas degradadas.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, essas famílias receberão auxílio financeiro do Estado como reconhecimento pelos serviços que prestam em proteção ao meio ambiente, dado que cerca de 80% das florestas protegidas no mundo estão sob a administração dessas comunidades.
O Bolsa Verde foi criado em 2011 durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e previa o pagamento trimestral de R$ 300 a famílias em situação de extrema pobreza que viviam em áreas de proteção ou reservas e comprovassem práticas sustentáveis. Entretanto, o programa foi encerrado em 2017, durante a gestão de Michel Temer, que sucedeu Dilma Rousseff após o impeachment em 2016. A ministra não detalhou o valor nem a periodicidade dos pagamentos do programa que será retomado, mas, afirmou que a iniciativa beneficiará aproximadamente 30 mil famílias em sua fase inicial. Na versão anterior do programa, mais de 70 mil pessoas foram contempladas.
A nova fase do Bolsa Verde também incluirá famílias que já recebem outros benefícios sociais, como o Bolsa Família. Essa inclusão se deve ao reconhecimento do modo de vida dessas comunidades, que contribui para a conservação dos biomas brasileiros, explicou a ministra. A intenção é expandir o programa para abranger comunidades tradicionais de outros biomas, como o Cerrado e a Mata Atlântica.
A retomada do programa Bolsa Verde representa um importante passo na valorização das comunidades tradicionais e na conservação ambiental da Amazônia. O Governo Federal busca, assim, estabelecer um compromisso sólido com a conservação dos biomas e reconhecer o papel fundamental das comunidades tradicionais na manutenção dos serviços ambientais.
É um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável e justo para todos!
Mario Menezes disse:
Alvíssaras, ministra Marins!!