O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram queda de 67,9% em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2022. É o menor índice de desmatamento para o mês desde 2019.
Em abril do ano passado, de acordo com o Greenpeace, os alertas de desmatamento ultrapassaram mil quilômetros quadrados. Neste ano, foram identificados 329 quilômetros quadrados com alertas. Amazonas, Pará e Mato Grosso foram os estados com o maior número de registros.
É a primeira queda significativa registrada sob o novo governo, que apresentou como uma de suas principais promessas de campanha desacelerar a tendência de aumento do desmatamento.
Alguns fatores podem ajudar a explicar a queda, incluindo as ações recentemente adotadas pelo Governo Federal de combate ao garimpo ilegal, à exploração madeireira e o aumento da fiscalização, com aplicação de multas e embargo de áreas.
Entretanto, é preciso ressaltar que especialistas afirmam que ainda é cedo para confirmar uma tendência consistente de queda, considerando que o pico anual do desmatamento, que ocorre de julho a setembro, se aproxima.
O porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, ressaltou que é fundamental ter um trabalho integrado entre diversos órgãos, atuando no comando e controle no chão da floresta. Segundo ele, além de promover inovações tecnológicas, legais e infralegais, é preciso atuar também na fiscalização de instituições financeiras que têm coparticipação direta no aumento do desmatamento.
Fonte: Agência Brasil